É frequente encontrar prejuízos da função pulmonar em pessoas obesas. Além disso, a obesidade pode levar ao desenvolvimento de roncopatia e síndrome da apnéia obstrutiva do sono, que por sua vez, pode causar hipertensão arterial e arritmias cardíacas, aumentando as hipóteses da pessoa obesa desenvolver doença cardiovascular e morte prematura.
O Dr. Marcio Mancini, Doutor em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ilustra possíveis relações entre a obesidade e seus efeitos sobre as funções respiratórias. Sobre isso, explica que a redução da complacência da parede e da força dos músculos respiratórios causada pela obesidade, leva a um desequilíbrio entre o requerimento dos músculos e a capacidade de gerar tensão muscular, com consequente perceção do esforço respiratório aumentado (dispneia). Isto leva ao aumento do trabalho respiratório e da fadiga – gerando, portanto, um círculo vicioso de perpetuação da obesidade. A dispnéia na pessoa obesa pode, segundo o especialista, mascarar doenças cardíacas ou pulmonares ocultas.
Síndrome da Apneia, Asma e Obesidade
Algumas doenças pulmonares associadas à obesidade, são entre elas, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), ilustrando o diagnóstico (sonolência diurna excessiva, dificuldade de concentração), com possíveis consequências e complicações da doença em hipertensão, doença coronariana, insuficiência cardíaca, acidentes, etc.
A Síndrome da Hipoventilação da Obesidadetambém é muito comum em pacientes com SAOS. Outra doença associada à obesidadeé a Asma. Alguns fatores de ligação entre elas é a disfunção pulmonar relacionada à obesidade, o sedentarismo e fatores dietéticos, e o refluxo gastroesofágico, além de alguns fatores que associam a genética da obesidade à da asma.
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Influenza A e Obesidade
O Dr. Marcio Mancini abordou possíveis relações entre a Influenza A (H1N1) e a obesidade. Em pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, algumas citocinas (que estimulam os linfócitos NK) aumentam. Como consequência, os obesos têm menor capacidade de destruir bactérias, vírus e células estranhas. O Dr. Mancini conclui que aparentemente a Influenza A é mais comum em pacientes obesos do que não obesos.
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